Não sei se acontece convosco mas quando visito algum local gosto de imaginar como seria viver ali e se me adaptaria àquela realidade. Claro que existe sempre uma série de requisitos aos quais tento mentalmente encontrar correspondência, ou então, simplesmente questionar a sua real importância. Sabemos que essa importância muda mediante a perspectiva que escolhemos, por isso a flexibilidade e adaptabilidade têm muito que ver com o contexto em causa.
O contexto aqui é o Pico e acontece-me frequentemente pensar nestas questões. Claro que a realidade é sempre mais dura do que imaginamos, especialmente quando é fantasiada em ambiente de férias. Mas acho sinceramente que já ultrapassei esse deslumbramento passageiro. Apesar de ser uma ilha “isolada”, com uma meteorologia inconstante, do comércio ser muito limitado, as coisas mais simples e verdadeiramente essenciais são acessíveis.
Sabe-me sempre a pouco, venho sempre com aquela sensação de “eu quero mais”, eu quero passar aqui mais tempo e fazer desta a minha realidade, construir a minha rotina. Não é nada difícil imaginar-me a viver aqui. Pelo menos durante 4 ou 5 meses por ano. Sim, o Inverno é bastante rigoroso, não na temperatura mas na chuva. Isso seria algo difícil de suportar!
Gosto da presença constante do mar e fascina-me viver numa ilha. O oceano não tem comparação com mais nenhum local que conheço por isso as condições para o mergulho são excelentes, o que é uma parcela importante nesta equação!
Acordar bem cedo, vestir o fato, pegar nas barbatanas, na arma e ir pescar é algo que não me importava de fazer todas as manhãs! Em duas semanas de férias aqui, como mais peixe do que no resto do ano no continente e sei exactamente de onde vem! É tao fresco que posso comê-lo cru e é tanto que se torna preferível oferecê-lo aos vizinhos e amigos do que congelar.
A generosidade é outro aspecto fascinante, o povo açoriano é o mais generoso e hospitaleiro que conheço e é tão fácil retribuir! Gosto das pessoas! São simples, autênticas, generosas. Oferecem sempre o que podem, seja em géneros ou em experiência de vida. Quase todas têm uma grande história para nos contar. Da pesca do atum, da baleação, ou do tempo em que estiveram emigrados. São também pessoas rijas, prontas para tudo.
A vida aqui tem um sabor diferente e, acima de tudo, existe mais tempo para saboreá-la.
Que post fantástico, as cores, as imagens tudo me fez transportar até lá. Muitos parabéns por captares tão bem o reflexo da tua ilha, nota-se tão bem quando fotografamos o que gostamos, um beijo
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Muito obrigado Sandra, que bom que isso se nota! beijinho
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Oh pah!!!! Amei! Levam-me convosco? Também quero ir morar nas ilhas 🙂
Ah, se estiveres a trabalhar em agosto, venham até cá fazer uma visita. Eu devo ir passar um fim de semana a Lx, portanto aviso-vos quando for, sim? A ver se nos encontramos para uma petiscada!
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PS: aquela janela dava uma belíssima tábua para fotografia :p
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Um bela tábua mesmo!! Estivemos aí perto este fim de semana que passou, agora acho que só lá para Outubro. Mas avisa quando vieres cá e petiscamos concerteza! beijinhos!
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que fotos lindas do vosso Pico!
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O Pico é mágico! beijinho!
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Adorei o texto e as fotos são lindas! Sinto exactamente o mesmo quando passo férias no meu querido Alentejo 🙂
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Ainda bem que gostaste Ana! O meu coração também palpita pelo Alentejo! 🙂
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Só precisamos de uma coisa 🙂 um rendimento básico incodicinal e a liberdade de podermos trabalhar nos que mais gostamos 🙂 e sim é o paraíso.
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É esse o objectivo para o futuro! 🙂 vamos ver se o concretizo!!
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Lindo lindo!!
A maneira como falas dessa tua ilha do coração, as fotografias que a captam tão bem.
Apetece lá estar. Beijinho.
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Que inspiração, Filipe. E que inveja! 🙂
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Fabuloso, nunca sua fã nunca fico desiludida.
Um beijinho
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